Museu Reina Sofía
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O Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, localizado no vibrante bairro de Atocha em Madrid, é um dos museus de arte contemporânea mais importantes do mundo. Inaugurado oficialmente em 1992, o museu leva o nome da rainha Sofía da Espanha e ocupa o edifício que antes abrigava o Hospital de San Carlos, um monumento histórico do século XVIII projetado pelos arquitetos José de Hermosilla e Francisco Sabatini.
O museu é famoso por sua vasta coleção de arte moderna e contemporânea, com obras que vão do final do século XIX até os dias atuais. Sua coleção permanente inclui mais de 21.000 obras, incluindo pinturas, esculturas, fotografias e instalações. Entre as obras-primas mais famosas está, sem dúvida, o “Guernica” de Pablo Picasso, uma das obras de arte mais icônicas e poderosas do século XX. Esta pintura monumental, que representa o horror da guerra, está exposta em uma sala dedicada, onde os visitantes podem refletir sobre seu impacto emocional e histórico.
A história do edifício que abriga o Museu Reina Sofía é fascinante e intricada. Originalmente construído como hospital em 1788, o edifício passou por várias transformações antes de ser convertido em um museu de arte. A reestruturação do edifício para abrigar o museu começou nos anos 80, com a adição de três torres de vidro projetadas pelo arquiteto britânico Ian Ritchie. Essas torres, que abrigam elevadores panorâmicos, representam uma audaciosa combinação entre arquitetura histórica e moderna.
Em 2005, o museu passou por uma expansão adicional com a adição de um novo edifício projetado pelo arquiteto francês Jean Nouvel. Esta extensão de 8.000 metros quadrados inclui espaços para exposições temporárias, um auditório com 500 lugares, uma livraria e vários restaurantes. Esta expansão consolidou ainda mais o Museu Reina Sofía como um dos principais centros culturais de Madrid.
Além do “Guernica”, a coleção do museu inclui obras de outros artistas espanhóis e internacionais famosos. Entre eles, Joan Miró com sua “La casa de la palmera” de 1918, que é um exemplo emblemático de seu estilo surrealista. Salvador Dalí também está bem representado, com obras como “El gran masturbador”, que ilustra sua extraordinária capacidade de explorar o inconsciente através de imagens surreais e provocativas.
A coleção do museu não se limita aos artistas espanhóis. Entre as obras internacionais, destacam-se as de artistas como Wassily Kandinsky, com seu “Delicate Tension” de 1923, e Yves Klein, com sua série “Anthropometry”. Estas obras testemunham a importância do museu não apenas como guardião da arte espanhola, mas também como vitrine de tendências e movimentos artísticos globais.
Outra peça importante do museu é “The Musician’s Table” de Juan Gris, uma obra de 1926 que é um marco do cubismo. Gris, conhecido por sua precisão geométrica e sua capacidade de decompor e recompor a realidade em formas abstratas, teve um impacto significativo no desenvolvimento do cubismo, e esta obra é um exemplo perfeito disso. Um fato interessante é a transferência do “Guernica” para o museu. A obra, que estava exposta no Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York, foi devolvida à Espanha em 1981, após o fim da ditadura franquista. A pintura foi inicialmente exposta no Casón del Buen Retiro antes de ser transferida para o Museu Reina Sofía em 1992. Esta transferência marcou um momento simbólico para a Espanha, representando a reconciliação com seu passado traumático e a celebração da democracia restaurada.
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