Museu Stedelijk
Europa,
Países Baixos,
Amesterdão,
Museumplein
O Stedelijk Museum de Amsterdã, localizado na vibrante área do Museumplein, é o principal museu dos Países Baixos dedicado à arte moderna e contemporânea. Fundado em 1874, o museu nasceu da iniciativa de um grupo de cidadãos privados liderados por C.P. van Eeghen, que desejavam criar uma coleção pública de arte contemporânea. Sua abertura oficial ocorreu em 1895 em um edifício projetado pelo arquiteto Adriaan Willem Weissman, caracterizado por um estilo neo-renascentista em tijolo vermelho.
Ao longo de sua história, o Stedelijk sempre teve um papel pioneiro no cenário artístico europeu. A coleção inicial incluía obras de artistas contemporâneos da época, com um forte foco na arte e design holandês. Nos anos 30, sob a direção de David Röell, o museu começou a expandir significativamente sua coleção, adquirindo importantes obras de Vincent van Gogh, Paul Cézanne e George Hendrik Breitner.
Um dos períodos mais dinâmicos da história do museu foi sob a direção de Willem Sandberg, de 1945 a 1962. Sandberg transformou o Stedelijk em um centro inovador para a arte moderna, introduzindo o conceito de “cubo branco” nas galerias do museu e promovendo exposições de arte experimental. Durante sua gestão, o museu adquiriu obras de artistas proeminentes como Kazimir Malevich, e começou a colecionar fotografia e videoarte, tornando-se um dos primeiros museus na Europa a fazê-lo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a coleção do Stedelijk foi transferida para um bunker para protegê-la dos saques nazistas. Sandberg escapou por pouco da prisão, fugindo de bicicleta perto de Santpoort. Apesar das dificuldades do período de guerra, o museu continuou a organizar exposições, mantendo viva a cena cultural de Amsterdã.
Nos anos 60 e 70, sob a direção de Edy de Wilde, o Stedelijk fortaleceu ainda mais sua coleção internacional, adquirindo obras de artistas americanos contemporâneos como Andy Warhol e Willem de Kooning. Foi nesse período que o museu começou a explorar novas mídias artísticas, incluindo vídeo e performance art, ampliando assim seu alcance e influenciando as práticas curatoriais de outros museus ao redor do mundo.
Um momento chave na história recente do museu foi o grande projeto de renovação e expansão concluído em 2012. A nova ala, projetada pelos arquitetos Benthem Crouwel, é popularmente conhecida como “a banheira” por sua forma distintiva e contemporânea. Essa expansão permitiu ao Stedelijk dobrar seu espaço de exposição e abrigar uma gama ainda mais ampla de obras de arte moderna e contemporânea.
Hoje, o Stedelijk Museum possui uma coleção de mais de 90.000 obras, que inclui obras-primas de artistas como Piet Mondrian, Marc Chagall, Karel Appel, Yayoi Kusama, Marlene Dumas, Rineke Dijkstra, Picasso e Yves Klein. O museu não apenas expõe obras de arte, mas também é um centro de pesquisa e inovação, hospedando numerosas exposições temporárias, eventos educativos e programas públicos que exploram as tendências artísticas contemporâneas e questões sociais globais. A localização do museu, no coração do Museumplein, o coloca ao lado de outros importantes institutos culturais de Amsterdã, como o Rijksmuseum e o Van Gogh Museum, criando uma área dedicada à cultura e à arte que atrai milhões de visitantes a cada ano. Essa proximidade facilita uma experiência cultural completa para os visitantes, que podem explorar as diversas coleções e exposições oferecidas por cada museu.
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