Palácio de Liria

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O Palácio de Liria, localizado no coração de Madrid, é uma das residências privadas mais importantes e majestosas da cidade, bem como um símbolo da rica história e cultura da Espanha. Construído entre 1767 e 1785 por encomenda de Jacobo Fitz-James Stuart y Colón, III duque de Berwick e Liria, o palácio foi inicialmente projetado pelo arquiteto francês Guilbert, mas posteriormente completado pelo ilustre arquiteto espanhol Ventura Rodríguez, que introduziu importantes correções e completou a estrutura em um estilo neoclássico distintivo. O Palácio de Liria passou por vários eventos históricos significativos, incluindo os desastres da Guerra Civil Espanhola, durante a qual foi gravemente danificado. Em 1936, o palácio foi bombardeado e incendiado, perdendo grande parte de seus interiores e coleções artísticas. Felizmente, graças à intervenção da Junta para la Incautación y Protección del Patrimonio Artístico e outras instituições como a Embaixada Britânica e o Museu do Prado, muitas obras de arte foram salvas e posteriormente devolvidas ao palácio. Após a guerra, o XVII duque de Alba, Jacobo Fitz-James Stuart, decidiu reconstruir o palácio, confiando o projeto ao arquiteto inglês Sir Edwin Lutyens, conhecido por seu trabalho no Reino Unido e pelo projeto da cidade de Nova Delhi. Embora Lutyens tenha falecido antes da conclusão dos trabalhos, seus projetos foram concluídos pelo arquiteto espanhol Manuel Cabanyes. A reconstrução durou de 1948 a 1956, devolvendo ao Palácio de Liria seu antigo esplendor. O palácio é atualmente a residência do XIX duque de Alba, Don Carlos Fitz-James Stuart, e sede da Fundación Casa de Alba. Abriga uma das coleções de arte privadas mais importantes do mundo, com obras de artistas como Pietro Perugino, Ticiano, El Greco, Goya, Murillo, Rembrandt e muitos outros. A coleção também inclui gravuras de Dürer, Mantegna e Van Dyck, além de esculturas que vão desde a época romana até o período neoclássico. O Palácio de Liria é conhecido não apenas por sua arquitetura e coleções de arte, mas também por seus jardins magnificamente cuidados. Os jardins da frente, originalmente uma praça de armas, foram transformados em um jardim romântico inglês com magnólias centenárias, cedros, castanheiros e ciprestes. Os jardins traseiros, redesenhados em 1916 pelo paisagista francês Jean-Claude Nicolas Forestier, apresentam canteiros clássicos, uma fonte central e bosques decorados com esculturas antigas e modernas. A visita ao Palácio de Liria oferece uma experiência imersiva na história e arte da família Alba. Durante o tour, os visitantes podem explorar os 14 principais quartos do palácio, admirar as obras-primas da coleção e descobrir documentos históricos únicos, incluindo a primeira edição de “Dom Quixote” e manuscritos de Cristóvão Colombo.
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