Palácio do Marquês de Pombal
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O Palácio do Marquês de Pombal, localizado em Oeiras, perto de Lisboa, é um exemplo extraordinário da arquitetura barroca portuguesa do século XVIII. Construído na segunda metade do século XVIII, este palácio foi projetado por Carlos Mardel, um talentoso arquiteto húngaro, conhecido por seu significativo contributo para a reconstrução de Lisboa após o devastador terremoto de 1755. Mardel também é associado ao desenvolvimento do estilo arquitetônico pombalino, caracterizado por inovações antissísmicas e estruturas racionais.
O palácio serviu como residência oficial de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, uma figura central na história portuguesa. Como ministro do Reino sob o rei José I, o Marquês de Pombal implementou uma série de reformas que transformaram profundamente Portugal. Sua influência foi crucial na modernização do país, com reformas que abrangeram a indústria, o comércio, a educação e a administração pública. O palácio reflete a grandeza e autoridade de seu proprietário, com interiores luxuosamente decorados e vastos jardins que destacam sua elegância e sofisticação.
A arquitetura do palácio é notável por suas escadas de pedra curvilíneas, tetos pintados intricados e numerosos azulejos que decoram as paredes. Um elemento distintivo do palácio é a Sala da Concórdia, onde uma tela pintada em 1767 retrata o Marquês e seus irmãos, Francisco e Paulo. A fachada oeste é especialmente ornamentada com bustos em colunas e decorações ovais sobre as janelas, enquanto a fachada sul apresenta uma varanda decorada com azulejos.
Os jardins do Palácio do Marquês de Pombal são igualmente espetaculares. Estendendo-se até a margem direita da Ribeira da Lage, os jardins são um exemplo perfeito da estética barroca, com elementos que evocam a cultura europeia do Iluminismo. Entre as principais atrações dos jardins está a Cascata dos Poetas, uma gruta adornada com bustos de quatro poetas favoritos do Marquês, incluindo Luís de Camões e Virgílio. Os jardins também abrigam numerosas estátuas, fontes e a antiga Casa da Pesca, que juntamente com os antigos lagares de vinho e azeite completam o cenário de uma elegância atemporal.
A capela do palácio, dedicada a Nossa Senhora das Mercês, foi concluída em 1762 e apresenta trabalhos em estuque feitos pelo artista italiano Giovanni Grossi e três altares com pinturas de André Gonçalves representando cenas da vida da Virgem Maria. Este local sagrado adiciona uma dimensão espiritual ao complexo, tornando-o um local de contemplação além da opulência.
O Marquês de Pombal era conhecido por seu amor pelo número oito, um detalhe que se reflete em muitas das decorações do palácio. Este número particular, escondido em vários elementos arquitetônicos, representa um fascinante quebra-cabeça para os visitantes, convidando-os a descobrir as múltiplas referências espalhadas pela propriedade.
O Palácio do Marquês de Pombal é hoje propriedade da Câmara Municipal de Oeiras e, desde 2015, está aberto ao público de forma permanente. Classificado como Monumento Nacional, o palácio e seus jardins são uma importante atração turística que oferece uma imersão profunda na história e cultura portuguesa do século XVIII. As visitas guiadas permitem explorar tanto os interiores magnificamente decorados quanto os encantadores jardins, oferecendo uma experiência completa da vida aristocrática da época. Visitar o Palácio do Marquês de Pombal significa fazer uma viagem no tempo, descobrindo o legado de um dos homens mais influentes da história portuguesa e admirando um exemplo extraordinário de arquitetura e paisagismo barroco. Cada canto do palácio e dos jardins conta uma história de poder, cultura e sofisticação, oferecendo um testemunho vívido do papel crucial que o Marquês de Pombal teve na formação do Portugal moderno.
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