Palácio dos Marqueses de Fronteira

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O Palácio dos Marqueses de Fronteira, localizado no bairro de Benfica em Lisboa, é uma das jóias arquitetônicas do século XVII, construída como pavilhão de caça para João de Mascarenhas, o primeiro Marquês de Fronteira. Este palácio foi construído em 1671 e desde então tem sido uma residência privada da família Mascarenhas, que ainda o ocupa. Sua localização original, fora dos limites da cidade, o tornava um refúgio no campo, mas hoje está integrado na vibrante área urbana de Lisboa. A arquitetura do palácio reflete uma fusão de influências renascentistas italianas e tradições portuguesas, destacada pela rica decoração de azulejos que adornam tanto os interiores quanto os exteriores. Estes azulejos contam histórias de batalhas e cenas mitológicas, com a Sala das Batalhas apresentando painéis retratando a Guerra da Restauração, incluindo um mosaico mostrando D. João de Mascarenhas em combate com um general espanhol. Um dos elementos mais fascinantes do palácio é o jardim, um exemplo perfeito de jardim barroco português. O jardim formal, conhecido como Jardim de Vênus, é enriquecido com estátuas, fontes e intricados caminhos de sebes. Destacam-se o Lago dos Cavaleiros e a Galeria dos Reis, esta última adornada com bustos de monarcas portugueses. A Casa do Fresco, uma gruta decorada com rocaille, oferece um refúgio fresco e sombreado durante os meses quentes de verão. A capela do palácio, a parte mais antiga, remonta ao final do século XVI e foi renovada durante a construção do palácio. A capela é adornada com pedras, conchas, vidro quebrado e pedaços de porcelana, alguns dos quais provenientes de conjuntos usados para servir o rei durante a inauguração do palácio e posteriormente reutilizados de acordo com uma tradição que proibia seu uso posterior. Essa mistura de materiais confere à capela um aspecto único e fascinante. O palácio possui uma biblioteca que contém mais de 3.000 volumes coletados pelas famílias nobres dos Mascarenhas, Almeida e Távora. Esta coleção é um tesouro de conhecimento e história, refletindo a importância da cultura e da educação para seus habitantes. Apesar do devastador terremoto de Lisboa de 1755, o Palácio dos Marqueses de Fronteira permaneceu intacto e tornou-se a residência principal da família Mascarenhas após a destruição de sua residência principal no centro de Lisboa. Este evento marcou uma importante transição na história do palácio, consolidando sua posição como um dos principais monumentos históricos de Lisboa. O Palácio dos Marqueses de Fronteira é hoje classificado como Monumento Nacional e oferece visitas guiadas que permitem explorar tanto o interior quanto os magníficos jardins. Os visitantes podem admirar a Sala das Batalhas, a Sala dos Painéis, a Sala Íntima (ou das Quatro Estações) e a Sala de Juno, além da biblioteca e do terraço das Artes Liberais. As visitas temáticas, disponíveis duas vezes por mês, concentram-se em coleções específicas de azulejos ou nos literatos que viveram no palácio. Os jardins do palácio são um refúgio tranquilo do agito da cidade, oferecendo uma combinação de beleza natural e arte histórica. Aqui, história e modernidade se encontram, criando um ambiente único que atrai visitantes interessados na cultura, história e beleza arquitetônica.
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