Palácio Real de Turim

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O Palácio Real de Turim é um dos símbolos mais importantes da cidade, bem como um exemplo significativo da arquitetura e história da dinastia Saboia. Construído no século XVI, o palácio sofreu várias modificações e ampliações ao longo dos séculos, especialmente durante o reinado de Carlos Emanuel I e, posteriormente, com intervenções de arquitetos como Ascanio Vitozzi, Amadeo di Castellamonte e Filippo Juvarra. Originalmente residência do Bispo, tornou-se a sede principal dos Saboia quando Turim foi designada capital do ducado. O palácio tem uma clara influência barroca, com sua elegante fachada e interiores luxuosos. Os apartamentos reais são decorados com afrescos, tapeçarias e móveis de época, e entre as salas mais impressionantes estão o Salão dos Suíços, a Sala do Trono e a Sala de Baile. Cada sala conta uma parte da história dos Saboia, com pinturas alegóricas e decorações que celebram as virtudes da família reinante. Durante o reinado de Carlos Alberto, no século XIX, muitas salas foram radicalmente renovadas sob a direção de Pelagio Palagi, que introduziu elementos neoclássicos e criou a nova Escadaria de Honra. Um elemento de destaque do Palácio Real é a Capela do Santo Sudário, projetada para abrigar o famoso tecido que se acredita ter envolvido o corpo de Cristo. Esta capela, construída entre 1668 e 1694, está ligada à Catedral de Turim e é um exemplo da arquitetura barroca, com sua única cúpula em espiral. O palácio também abriga a Biblioteca Real, que preserva obras de arte inestimáveis, incluindo um autorretrato de Leonardo da Vinci. A biblioteca é um local de grande interesse para estudiosos e visitantes, oferecendo uma visão da cultura e conhecimento acumulados pelos Saboia ao longo dos séculos. Outro ponto de grande interesse é a Armaria Real, uma das coleções de armas mais importantes do mundo, estabelecida por Carlos Alberto em 1832. A armaria exibe uma ampla gama de armas e armaduras que vão desde a pré-história até o século XIX, incluindo uma espada usada por Napoleão Bonaparte. Os Jardins Reais, localizados ao norte e leste do palácio, foram projetados por André Le Nôtre, o mesmo arquiteto dos jardins de Versalhes. Estes jardins oferecem um oásis de tranquilidade no coração de Turim, com seus desenhos intricados e numerosas esculturas que adornam os caminhos. Após a Segunda Guerra Mundial, o palácio tornou-se propriedade do Estado italiano e foi transformado em museu. Hoje, o Palácio Real faz parte do complexo dos Museus Reais de Turim, um grupo de museus que inclui também a Galeria Sabauda, o Museu de Antiguidades e a Biblioteca Real. Este complexo oferece aos visitantes uma experiência completa da história e cultura de Turim. O Palácio Real de Turim também está listado como Patrimônio Mundial da UNESCO, juntamente com outras residências dos Saboia, reconhecido por sua importância histórica e arquitetônica. Visitar o Palácio Real significa mergulhar em séculos de história, arte e cultura, seguindo os passos dos duques e reis que viveram e governaram aqui. Entre as histórias relacionadas ao palácio, é conhecido que durante a guerra, a valiosa coleção de Maria Adriana Prolo, arqueóloga e fundadora do Museu Nacional do Cinema, foi escondida nos porões do palácio para protegê-la dos bombardeios. Este pequeno segredo de guerra adiciona mais um fascínio à já rica história do Palácio Real.
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