Praça da Figueira
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No coração do bairro Baixa de Lisboa, a Praça da Figueira representa um ponto de referência histórico e social que conta a transformação da cidade ao longo dos séculos. Antes do devastador terremoto de 1755, a área abrigava o Hospital de Todos-os-Santos, cujas fundações foram descobertas durante a construção do atual estacionamento subterrâneo. Após o terremoto, o Marquês de Pombal, arquiteto da reconstrução de Lisboa, transformou a praça no principal mercado da cidade, unindo-a à visão moderna e funcional da nova Baixa.
Em 1885, foi construído um mercado coberto que se tornou um centro comercial animado até sua demolição nos anos 50. Hoje, a praça é dominada por edifícios de quatro andares que abrigam hotéis, lojas e cafés, criando um espaço urbano animado. A estátua equestre de bronze de João I, criada pelo escultor Leopoldo de Almeida e inaugurada em 1971, ergue-se majestosamente no centro da praça, prestando homenagem ao rei do século XV.A Praça da Figueira está bem conectada através da estação Rossio da linha verde do metrô de Lisboa, várias linhas de ônibus e bondes que partem de seus lados, tornando-a facilmente acessível tanto para os residentes quanto para os turistas. O bonde 15, por exemplo, é um dos principais meios de transporte para visitar outras áreas históricas da cidade, como Belém.Além de sua importância histórica e arquitetônica, a praça também abriga alguns dos lugares mais fascinantes de Lisboa. Em sua extremidade sul está a Confeitaria Nacional, uma das confeitarias mais antigas e famosas da cidade, aberta em 1829 e famosa por seu “Bolo Rei” de Natal. No lado norte, está o Hospital das Bonecas, uma loja histórica que também funciona como laboratório para restauração de brinquedos e museu de bonecas antigas, considerado um dos mais legais do mundo pela Reader’s Digest.No contexto social, a Praça da Figueira reflete a mudança e adaptação de Lisboa às necessidades modernas. Originalmente um mercado aberto onde frutas, legumes e aves eram vendidos, a praça evoluiu para um ponto central para eventos culturais e sociais, mantendo sempre um vínculo com a comunidade local.A importância da Praça da Figueira não se limita apenas à sua função de mercado. Seu desenvolvimento foi parte integrante da visão do Marquês de Pombal de criar uma Lisboa moderna e resiliente, capaz de ressurgir das ruínas do terremoto de 1755. A reconstrução da cidade seguiu princípios urbanísticos avançados para a época, como amplas ruas retas e edifícios antissísmicos, com a praça se tornando um símbolo desse renascimento.
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