Szentendre
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Hungría,
Budapest, citta,
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Szentendre, situada ao longo das margens do Danúbio a poucos quilômetros de Budapeste, é uma cidade que encanta pela sua rica história, patrimônio cultural diversificado e atmosfera artística única. Este pitoresco assentamento é conhecido pelas suas ruas de paralelepípedos, casas coloridas e numerosas galerias de arte e museus que atraem artistas e turistas de todo o mundo.
A história de Szentendre remonta à época romana, quando era conhecida como Ulcisia Castra, um importante assentamento militar ao longo do Limes Pannonicus, a fronteira defensiva do Império Romano. Os vestígios arqueológicos dessa época, incluindo as ruínas das muralhas e torres defensivas, testemunham a importância estratégica do local. Com o declínio do Império Romano, a área sofreu invasões bárbaras e ocupações sucessivas, até se estabilizar sob o reino húngaro.
No século XVIII, Szentendre tornou-se um refúgio para as comunidades de comerciantes e artesãos sérvios, croatas, gregos e dálmatas que fugiam das incursões otomanas nos Bálcãs. Esta onda de imigrantes trouxe consigo uma rica tradição cultural e religiosa, que ainda se reflete na arquitetura barroca das igrejas ortodoxas, nas tradições populares e nos trajes locais. As igrejas ortodoxas de Szentendre, como a Igreja Ortodoxa Sérvia de São João Batista e a Igreja Blagovestenska, são exemplos extraordinários dessa herança e merecem uma visita pela sua beleza artística e histórica.
Os séculos XIX e XX viram um desenvolvimento adicional da cidade, com Szentendre consolidando-se como centro cultural e artístico. Muitos artistas e escritores húngaros se estabeleceram aqui, atraídos pela beleza da paisagem e pela atmosfera tranquila. O resultado foi a criação de numerosas escolas de arte, galerias e museus que contribuíram para tornar Szentendre um ponto de encontro para a comunidade artística.
Um dos museus mais importantes da cidade é o Museu Ferenczy, que abriga uma vasta coleção de obras de Károly Ferenczy, um dos maiores pintores húngaros do século XX, e de outros membros da família Ferenczy, todos artistas de destaque. O museu não apenas expõe pinturas, esculturas e obras gráficas, mas também organiza exposições temporárias que exploram diferentes aspectos da arte húngara e internacional.
Outro ponto de interesse cultural é o Museu Etnográfico ao Ar Livre de Szentendre, também conhecido como Skanzen. Este museu ao ar livre é o maior do seu tipo na Hungria e apresenta uma rica coleção de edifícios rurais tradicionais de diferentes regiões do país. Os visitantes podem explorar casas, celeiros, moinhos e igrejas, e assistir a demonstrações de antigas profissões e técnicas agrícolas, oferecendo um olhar autêntico sobre a vida rural húngara do passado.
A vibrante cena artística de Szentendre é evidente também nas numerosas galerias privadas e estúdios de arte espalhados pela cidade. Estes espaços expositivos apresentam obras de artistas locais e internacionais, abrangendo pintura, escultura, fotografia e arte contemporânea. Durante o ano, a cidade acolhe numerosos eventos culturais e festivais, incluindo o Festival de Verão de Szentendre, que atrai milhares de visitantes com um programa repleto de concertos, espetáculos teatrais e exposições de arte.
Um anedota interessante diz respeito à ponte sobre o Danúbio que liga Szentendre à ilha de Szentendre. Esta ponte, inicialmente construída em madeira, foi destruída várias vezes durante guerras e inundações, até ser substituída por uma estrutura de aço no século XX. Sempre que a ponte era reconstruída, os cidadãos organizavam uma grande festa para celebrar o renascimento da sua cidade e a conexão vital entre as duas margens do rio.
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