Museu do Novecento
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O Museu do Novecento de Milão é uma das instituições culturais mais importantes da cidade, dedicada à arte italiana do século XX. Inaugurado em dezembro de 2010, o museu está localizado no Palazzo dell’Arengario, na Piazza del Duomo, um edifício histórico que foi completamente renovado para abrigar uma coleção extraordinária de obras de arte moderna e contemporânea. Este museu não apenas celebra a arte do Novecento, mas também oferece uma visão geral do contexto histórico, social e político que influenciou os artistas e suas obras.
A história do Museu do Novecento está intimamente ligada à vontade de Milão de se afirmar como capital cultural e artística. O projeto de criar um museu dedicado à arte do século XX remonta aos anos 80, mas foi apenas com o início do novo milênio que a ideia tomou forma concreta. A escolha do Palazzo dell’Arengario, um edifício projetado nos anos 30 pelos arquitetos Griffini, Magistretti, Muzio e Portaluppi, permitiu integrar harmoniosamente o museu no tecido urbano do centro histórico de Milão.
A montagem do museu, projetada pelo arquiteto Italo Rota, foi concebida para valorizar ao máximo as obras expostas e criar um percurso expositivo fluido e envolvente. As salas do museu se desenvolvem em um percurso cronológico e temático, que vai desde o início do Novecento com as vanguardas históricas até as tendências mais recentes da arte contemporânea. Entre os artistas representados estão nomes de destaque como Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Giorgio de Chirico, Lucio Fontana e Piero Manzoni.
Uma das obras-primas mais famosas do museu é “O Quarto Estado” de Giuseppe Pellizza da Volpedo, uma obra icônica que representa a marcha de um grupo de trabalhadores e simboliza as lutas sociais e políticas do início do século passado. Esta pintura, localizada na entrada do museu, introduz os visitantes a uma viagem pelas transformações culturais e artísticas do Novecento.
O percurso expositivo continua com as obras do Futurismo, um movimento artístico e cultural que teve origem na Itália no início do século XX. Entre as obras expostas, destacam-se as de Umberto Boccioni, como “Formas únicas de continuidade no espaço”, uma escultura que representa o dinamismo e a velocidade, temas centrais do Futurismo. As obras dos futuristas, com suas cores vibrantes e formas dinâmicas, testemunham a vontade de romper com o passado e celebrar a modernidade e o progresso.
Outra seção significativa do museu é dedicada à Arte Povera, um movimento artístico das décadas de 1960 e 1970 que revolucionou o conceito de obra de arte, utilizando materiais pobres e de recuperação para criar instalações e esculturas. Entre os artistas representados nesta seção estão Michelangelo Pistoletto, com suas famosas “Pinturas espelhadas”, e Jannis Kounellis, conhecido por suas obras que combinam elementos naturais e industriais.
O museu também abriga uma rica coleção de obras de Lucio Fontana, um dos artistas mais influentes do século XX e fundador do movimento espacialista. Suas famosas “Attese”, telas monocromáticas cortadas com um gesto decidido, representam uma reflexão sobre a espacialidade e a materialidade da obra de arte. As obras de Fontana, com sua radical simplicidade e força expressiva, são um dos pontos fortes do museu.
A coleção do Museu do Novecento inclui também obras de artistas internacionais, que testemunham a abertura de Milão às tendências artísticas globais. Entre eles, destacam-se as obras de Pablo Picasso, Wassily Kandinsky e Piet Mondrian, que oferecem um confronto entre a arte italiana e as vanguardas europeias.
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