Museu Maillol
Europa,
França,
citta, Paris,
VII arrondissement
O Musée Maillol, localizado no coração do 7º arrondissement de Paris, é um dos lugares mais fascinantes para mergulhar na arte do século XX. Este museu, fundado pela extraordinária Dina Vierny, musa e colaboradora do escultor Aristide Maillol, oferece uma rica coleção de obras que vão desde esculturas até pinturas e artes decorativas.
O edifício que abriga o museu, o Hôtel Bouchardon, é um antigo convento do século XVIII que adiciona mais uma camada de história e beleza arquitetônica à experiência museológica. A estrutura é conhecida pela “Fontaine des Quatre Saisons”, uma obra escultural de Edme Bouchardon que decora a parte externa do edifício e testemunha sua elegância clássica. Este edifício não apenas abrigou figuras ilustres como o poeta Alfred de Musset, mas também testemunhou o nascimento de um lugar onde a arte moderna encontra uma casa acolhedora e estimulante.
O museu foi inaugurado em 1995 graças à iniciativa de Dina Vierny, que dedicou sua vida com grande paixão à promoção da arte de Maillol e de outros artistas modernos. Vierny, nascida na Rússia em 1919 e mudou-se para Paris em 1926, tornou-se musa de Maillol aos 15 anos. Sua colaboração deu origem a uma das coleções mais completas da obra do escultor. Vierny não era apenas uma modelo, mas também uma fervorosa defensora da liberdade artística, ajudando inúmeros artistas e intelectuais a fugir das perseguições durante a Segunda Guerra Mundial.
A exposição do museu é dividida em várias seções que refletem a variedade e a riqueza da coleção. No térreo, os visitantes podem admirar as esculturas de Maillol, caracterizadas por uma busca pela perfeição formal e uma atenção meticulosa aos detalhes anatômicos. Entre as obras mais notáveis estão “La Montagne”, “L’Air” e “La Rivière”, esculturas que expressam a força e a graça do corpo humano.
Subindo para o primeiro andar, entramos nos espaços mais íntimos do apartamento de Dina Vierny, onde estão expostos móveis antigos, objetos pessoais e obras de arte colecionadas pela fundadora. Este andar oferece uma visão geral da ecleticidade dos gostos de Vierny e de sua capacidade de criar um diálogo entre diferentes épocas e estilos artísticos.
O segundo e o terceiro andar são dedicados aos estúdios de Maillol, onde estão expostos numerosos desenhos, esboços e modelos que ilustram o processo criativo do escultor. Esses espaços, caracterizados por tetos altos e amplas janelas que inundam os cômodos com luz natural, permitem aos visitantes mergulhar no mundo do artista, compreendendo melhor suas fontes de inspiração e suas técnicas.
Além da coleção permanente de Maillol, o museu abriga uma série de obras de outros grandes mestres do século XX, provenientes da coleção pessoal de Vierny. Entre eles, destacam-se as pinturas de Paul Cézanne, Edgar Degas, Henri Matisse, Pablo Picasso e Pierre Bonnard, que enriquecem ainda mais a oferta expositiva do museu. Esta coleção reflete o amor de Vierny pela arte e seu desejo de compartilhar com o público obras de artistas que marcaram profundamente a história da arte moderna.
O Musée Maillol também é conhecido por suas exposições temporárias que exploram vários aspectos da arte moderna e contemporânea. Essas exposições atraem um público amplo e oferecem novas perspectivas sobre o trabalho de artistas conhecidos e menos conhecidos. Entre as exposições recentes, aquelas dedicadas à fotografia de Steve McCurry, às esculturas de Alberto Giacometti e aos mestres da Pop Art como Andy Warhol tiveram um sucesso particular.
Outro elemento distintivo do museu é o “Café des Frères Prévert”, localizado no subsolo do edifício. Este espaço, que antes abrigava um cabaré administrado pelos irmãos Prévert, é um lugar onde os visitantes podem relaxar e refletir sobre as obras recém-admiradas, imersos em uma atmosfera histórica e criativa.
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